Sabias que? Piano e as teclas de marfim

Antes do advento das “teclas de marfim” (teclas de marfim), os pianos passaram por um desenvolvimento significativo na construção e materiais das suas teclas. Os primeiros pianos, cujas raízes remontam ao clavicórdio e ao cravo do período barroco, utilizavam teclas de madeira cobertas com materiais como osso, ébano ou outras madeiras para os seus tampos.

A escolha dos materiais variava consoante a região e o fabricante. Na Europa, o osso era um material popular devido à sua disponibilidade e durabilidade. Proporcionava uma superfície lisa para tocar, embora não tivesse o toque luxuoso que mais tarde foi associado ao marfim. O ébano, uma madeira dura densa e escura, era frequentemente utilizado para as teclas pretas, proporcionando um contraste impressionante com os tampos mais claros.

À medida que o piano evoluiu no século XVIII, as inovações nos mecanismos e materiais das teclas continuaram. A transição das teclas de madeira para as revestidas com materiais mais refinados refletiu a sofisticação crescente do instrumento e as exigências cada vez maiores dos músicos no que diz respeito a uma melhor resposta tátil e estética.

Só no final do século XVIII e início do século XIX é que o marfim se tornou o material de eleição para os tampos das teclas, graças à sua textura suave, durabilidade e aspeto agradável. Esta transição marcou um período significativo no fabrico de pianos, alinhando-se com o aumento da popularidade do instrumento e o florescimento da música clássica.

Atualmente, com as implicações éticas e legais em torno da utilização do marfim, os fabricantes de pianos viraram-se para materiais alternativos, tais como plásticos de alta qualidade e marfim sintético, assegurando que os pianos modernos mantêm o aspeto e a sensação dos seus homólogos históricos, ao mesmo tempo que cumprem as normas de conservação contemporâneas.